Skinhead é o nome de uma subcultura caracterizada pelo corte de cabelo muito curto ou rapado (há algumas exceções), um estilo particular de se vestir (que costuma incluir botas e/ou suspensórios), o culto à virilidade, à violência, ao futebol e ao hábito de beber cerveja. A cultura skinhead é também ligada à música, especialmente ska, skinhead reggae e Oi!, mas também punk rock e hardcore. Suas origens remetem ao Reino Unido na década de 1960, onde são proximamente ligados com os rude boys e os Mod da Inglaterra.


As primeiras manifestações desta cultura ocorreram por volta de 1967, alcançando o seu primeiro auge em 1969. Este período é chamado nostalgicamente pelos próprios skinheads como "espírito de 69" (ou "spirit of 69", termo cunhado na década de 1980 pela gangue Spy Kids). Eram majoritariamente formados por brancos e negros (estes últimos em sua maioria imigrantes jamaicanos) que frequentavam juntos clubes de soul e reggae, andavam em gangues e se vestiam de uma forma muito particular, em especial pelo corte de cabelo muito curto (daí o nome skinhead, que traduz-se grosseiramente como "cabeça pelada"). Os skinheads ganharam notoriedade nos jornais e na cultura popular da época por muitos deles promoverem confrontos nos estádios de futebol (o chamado hooliganismo) e alguns deles participarem de agressões contra imigrantes paquistaneses e asiáticos. 



No final da década de 1970 houve uma "segunda geração" skinhead, decorrente da agitação provocada pela cultura punk e que acabou desencadeando um grande interesse por outros movimentos juvenis do passado, como os mods, teddy boys e skinheads. A geração anterior ("espírito de 69") tinha como uma de suas características a ligação com a música jamaicana, principalmente o reggae, o rocksteady e o ska. Com o surgimento da "revolução musical" do punk rock e sua ética de faça-você-mesmo, muitos skinheads se agregaram ao emergente street-punk (então uma vertente anti-comercial do punk) e deram origem ao estilo Oi!, que abrange tanto os aspectos musicais quanto culturais. Isso no entanto não significou o abandono do reggae e do ska. Nos anos 1980 muitos skinheads tornam-se grandes adeptos do ska chamado "Two Tone" ("dois tons", em referência às cores preta e branca — simbolizando a união de raças). 

A partir da década de 1980, a constante pressão da mídia acerca da infiltração do preconceito racial dentro da cultura skinhead (infiltração promovida por uma política deliberada do partido de extrema-direita National Front), somada ao surgimento de um engajamento político dentro desta cultura (tanto à esquerda quanto à direita, além do anarquismo) resultou na fragmentação em vários submovimentos rivais. Desde então, constantemente estes grupos não reconhecem uns aos outros como verdadeiros representantes da cultura skinhead, e é comum que cheguem a se enfrentar fisicamente. Entre os principais atritos estão as divergências explícitas como entre esquerdistas e direitistas, racistas e não-racistas, polítizados e apolíticos. Mas também há grande hostilidade entre grupos de divergência sutil como nazistas e integralistas, conservadores xenófobos e defensores de uma supremacia racial branca, anti-semitas e neonazistas.
Portanto, ao ouvir a expressão skinhead ou ao ver um simpatizante dessa cultura, não é bom rotulá-lo como a mídia faz, primeiramente devemos saber se aquele skin pertence à cultura originária na década de 60 ou aos grupos nascidos na fragmentação do movimento na década de 80. 



Características 
A cultura skinhead da década de 1960 era formada majoritariamente por jovens do proletário britânico; contudo, influenciados por uma imensa falta de consciência de classe. Já que optam por manisfestarem-se através de uma maneira ingênua e com tendências burguesas, como o nacionalismo ufanista e infundado, pois acarreta o entreguismo. 

Existem diversas particularidades culturais e ideológicas que definem diferentes tipos de skinheads. 

No aspecto geral: 

* Os tradicionais, ou trads, que estão mais intimamente ligado aos costumes da década de 1960, especialmente a versão inglesa dos rude-boys. 

* Os boot-boys (mais tarde chamados de skinhead), forma exagerada e quase caricatural do estilo tradicional e que se tornou a vertente mais comum a partir da década de 1980. ;* Os casuais são uma continuação da evolução skinhead, que evoluiram dos hooligans. O estilo ganhou força nos tempos em que se foi proibida a entrada de pessoas com botas dentro dos estádios de futebol, o que obrigou os skins fanáticos pela bolinha, e também, por brigas futebolísticas, a diversificar um pouco seu vestuário, trocando as botas pelo tênis. Com o passar dos tempos o visual dos casuais também evoluiu e ganhou características próprias, sendo utilizado como disfarce para brigas entre hooligans. 

* Outros grupos de curta existência como smoothies, suedeheads, crombie boy e outros.
Leia uma entrevista feita pelo site Brasil Escola:

Para conhecer melhor as pessoas que fazem parte da cultura skinhead, segue parte de uma entrevista com um skin, que para evitar inconvenientes será chamado de “Caio”. 

Brasil Escola: 
Quem são os skinheads? 

Caio: 
Acho que o perfil varia muito, vai desde o pai ou mãe de família que trabalha pra sustentar a casa, ao rapaz mais novo, que cursa a faculdade ou trabalha, talvez os dois. Claro que há sempre aqueles tipinhos que são a escória que sujam a imagem de todos. 

Brasil Escola: 
Esse movimento é organizado, ou seja, existe uma espécie de associação dos skinheads? 

Caio: 
Não. 

Brasil Escola: 
Vocês têm preconceitos para com nordestinos, homossexuais, negros e índios? 

Caio: 
Nunca, eu tenho ancestrais negros e indígenas, e não tenho vergonha, orgulho ou preconceito de algum tipo em relação a isso, e qualquer um que se diga skinhead não pode ser racista. Fato. 

Brasil Escola: 
Que tipo de simbologia há dentro do grupo skinhead? 

Caio: 
Acho que certas simbologias foram inventadas. 

Brasil Escola: 
Há rivalidade entre skinheads de um grupo para com outro? 

Caio: 
Rivalidade? Skinheads não têm isso de “eu sou mais skinhead que você”, coisa de moleque bobo que sai lendo coisa na internet e paga de mau. 

É importante ressaltar que todos os grupos sociais de diferentes raças, credos, nacionalidades, devem ser respeitados, pois vivemos em uma sociedade democrática onde todos têm o direito de ser, pensar e crer, como e no que quiser.

fontes: spiner e brasil escola