O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou em pronunciamento na TV na madrugada desta segunda-feira (2) a morte de Osama bin Laden, líder da rede terrorista da al-Qaeda, responsável pelos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA, que mataram cerca de 3.000 pessoas.
De acordo com Obama, a morte foi consequência de uma ação de inteligência do Exército norte-americano em parceria com o governo do Paquistão, que localizou o terrorista -que tinha entre 53 e 54 anos- durante a semana passada.

A operação, sigilosa, foi executada no domingo por um comando especializado da Marinha dos EUA. Um pequeno grupo de soldados conseguiu matar Bin Laden em uma fortaleza na cidade de Abbotabad, próximo a Islamabad, capital do Paquistão.

A operação foi feita exclusivamente pelas forças americanas, segundo a chancelaria paquistanesa.
Houve troca de tiros durante a ação, mas, segundo Obama, nenhum militar americano ficou ferido na operação e cuidados foram tomados para que nenhum civil fosse ferido.

Quatro helicópteros teriam sido usados na operação. A mansão fortificada ficou em chamas após o atentado.

Um oficial de Segurança Nacional disse à agência Reuters que a missão da equipe era matar, e não capturar Bin Laden.


'Justiça'

"Foi feita justiça", disse Obama. "Nesta noite, tenho condições de dizer aos americanos e ao mundo que os Estados Unidos conduziram uma operação que matou Osama Bin Laden, o líder da al -Qaeda e terrorista responsável pelo assassinato de milhares de homens, mulheres e crianças."

Segundo o presidente -que já lançou sua campanha à reeleição em 2012-, o corpo do terrorista está em poder das autoridades dos EUA.

Fontes do governo disseram à agência Reuters que o cadáver seria tratado de acordo com as tradições islâmicas.

A imprensa americana afirmou que o corpo já teria sido sepultado, no mar, conforme o costume. Nenhum país teria aceitado receber o corpo do terrorista, segundo as fontes citadas.

Funcionários do governo e um congressista disseram que Bin Laden morreu com um tiro na cabeça, mas também não havia informação oficial sobre isso.

Uma autoridade disse à agência Reuters, sob anonimato, que testes de DNA e técnicas de reconhecimento facial seriam usados para ratificar a identificação do corpo.

A mesma autoridade disse que a ação foi acompanhada em tempo real por Leon Panetta, diretor da CIA, e por outras autoridades da inteligência americana, na sede da CIA, na cidade de Langley, no estado americano da Virgínia. A confirmação da morte foi recebida com aplausos prolongados, segundo a fonte.

TVs locais paquistanesas mostraram o que seriam imagens do cadáver desfigurado de Bin Laden, mas não havia confirmação oficial da veracidade.

Mais quatro mortes










imagem divulgada de Osama Bin Laden morto

Funcionários do governo americano também afirmaram que outros três homens e uma mulher teriam morrido no ataque, que teve a duração de 40 minutos.

Um dos homens seria um dos filhos do terrorista. Outros dois trabalhavam como mensageiros para Osama. Já a mulher teria sido morta ao ser usada como escudo humano por uma das vítimas. Ainda não havia confirmação oficial destas informações.

A operação estava sendo planejada desde agosto do ano passado, após os americanos terem conseguido uma pista segura sobre o paradeiro de Bin Laden. Obama disse ter autorizado a execução na sexta-feira.

Veja o discurso do presidente norte-americano


História de Osama

Bin Laden nasceu na Arábia Saudita em 1957, em uma família de mais de 50 irmãos. Ele era filho do magnata da construção Mohamed bin Laden.

Seu primeiro casamento foi com uma prima síria, aos 17 anos. Acredita-se que ele tenha tido 23 filhos com ao menos cinco esposas.

Bin Laden utilizou sua fortuna para financiar a Jihad (guerra santa) contra os soviéticos e depois contra os americanos. Em 1973, entrou em contato com grupos radicais islâmicos.

Após a invasão soviética do Afeganistão em 1979, viajou para este país para combater os invasores com o apoio da CIA, a Agência Central de Inteligência americana. Sua organização, a al-Qaeda ("A Base"), foi fundada em 1988, um ano antes da retirada soviética do Afeganistão.

Em 1989, ele voltou à Arábia Saudita. Após o estouro da guerra do Golfo em 1991, ele criticou a família real por ter autorizado o desembarque de soldados americanos em território saudita, posição que lhe rendeu o status de persona non grata no seu próprio país.

Instalou-se então no Sudão, onde os serviços americanos de inteligência o acusaram de financiar campos de treinamento de terroristas. Em 1994, foi definitivamente privado da nacionalidade saudita.
Em 1996, o Sudão, submetido à pressões americanas e da ONU, pediu a Bin Laden que fosse embora do país. Ele foi então para o Afeganistão, onde organizou uma dezena de campos de treinamento e passou a lançar apelos contra os Estados Unidos.

A ação mais espetacular que lhe foi atribuída antes do dia 11 de setembro foi um ataque contra as embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, no dia 7 de agosto de 1998, que causou 224 mortos e milhares de feridos.

Em 1999, ele foi incluído na lista da Birô Federal de Investigações americano (FBI) entre as dez pessoas mais procuradas do mundo.

Bin Laden também foi acusado de ter ordenado o ataque contra o navio americano "USS Cole" no Iêmen, que fez 17 mortos em outubro de 2000. O Iêmen é considerado hoje um dos principais redutos de terroristas ligados à al-Qaeda.

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Porém, surge uma outra notícia...

Americanos enterraram o "terrorista número um", Osama bin Laden, no mar. 

As autoridades dos EUA decidiram realizar o funeral de Osama bin Laden, de acordo com as tradições muçulmanas - o mais rapidamente possível após a morte. Ao mesmo tempo, eles optaram por não enterrá-lo no chão, para não criar um local de culto de qualquer de seus seguidores. 

Talibãs paquistaneses chamam de "falsas" as acusações de que o Paquistão assassinou o chefe da rede terrorista internacional Al Qaeda, Osama bin Laden, disse o canal "Joe-TV", referindo-se ao representante do Taliban. 

"Bin Laden está vivo" - porta-voz do movimento "talibãs paquistaneses". 

Os talibãs chamaram de informações "falsas" de que Bin Laden tinha sido morto durante a ação militar dos EUA em território paquistanês. 


Isso está bem estranho... Até parece que os norte-americanos não teriam o gostinho de carregar a cabeça dele e mostra à sua nação... isso tá meio esquisito...