Monstros Mitológicos: Tiamat
20:20
Colocado com jeitinho por Banguelo
Depois do post sobre o Último Episódio da Caverna do Dragão, resolvi fazer este outro sobre o dragão mais famoso da história:
Tiamat. Então, fazendo essa pesquisa descobri uma coisa: Tiamat é uma DEUSA! Isso mesmo, no feminino... veja
a matéria toda e entenda:
A
história de Tiamat pode ser encontrada no épico babilónico Enuma Elish, data do
século XIX-XVI a. C. Tudo inicia-se com o caos aquático. Apsu a água doce que
origina rios e riachos, e Tiamat, o mar ou as águas salgadas (representada na
forma de um dragão), combinam seus poderes para criar o universo e os deuses.
Os primeiros dois deuses chamaram-se: Lachmu e Lachamu. A primeira prole se
reproduziu e formou-se outra prole. Esses deuses irritavam profundamente Apsu
que convocou seu auxiliar Mummu e foram juntos a Tiamat, a quem disseram que a
descendência de ambos deveria ser eliminada para que regressasse a
tranqüilidade. Tiamat, entretanto, enfureceu-se rechaçou a ideia, pois embora
estivesse perturbada com os ruídos dos deuses, os perdoava. As crianças-deuses
acabam descobrindo que Apsu tinha plano de matá-las e enviam o deus Ea para
matá-lo primeiro. Tiamat não apoiava os planos de Apsu de destruir seus filhos
mas, diante da morte de seu esposo, passa a lutar contra eles. A Deusa encontra
outro companheiro, Kingu, com quem gera vários monstros: serpentes de garras
venenosas, homens-escorpiões, leões-demónios, monstros-tempestade, centauros e
dragões voadores. Depois, partiu para a retaliação.
Antes
designou Kingu como chefe de seu exército dizendo:
-"Exaltando-te
na assembleia dos deuses, eu te dou o poder para dirigir todos eles. Tu és
magnífico e meu único esposo. Que os Anunnaki exaltem teu nome."
Entregou-lhe então as Tábuas do Destino.
As
crianças-deuses temiam lutar contra Tiamat até que Marduk, filho de Ea, decidi
lutar contra ela. O restante dos deuses rebentos prometeu a Marduk que, em caso
de vitória, ele seria coroado como rei dos deuses. Marduk teceu uma rede e
apanhou Kingu e todos os monstros. Ele os acorrentou e os atirou no Submundo. Partiu
então para matar Tiamat. Primeiro Marduk cegou o dragão com seu disco mágico,
possivelmente representado pelo próprio sol, pois o deus era também um
herói-solar. Depois feriu mortalmente Tiamat com uma lança, símbolo da vontade
criativa e procriação. O herói teve ainda o auxílio dos sete ventos para
destruir Tiamat. Com metade do corpo dela ele fez o céu, e com a outra metade a
Terra. Tomou sua saliva e formou as nuvens e de seus olhos fez fluir o Tigre e
o Eufrates. Finalmente de seus seios criou grandes montanhas. Os humanos foram
criados a partir do sangue de Kingu. Marduk criou em seguida uma habitação para
os deuses no céu, fixou as estrelas e regulou a duração do ano. Outros mitos,
descrevem o processo de criação como um fluxo contínuo de energias originadas
do sangue menstrual de Tiamat, armazenado no Mar Vermelho ou Tiamat, em árabe.
Foi essa a razão pela qual, mesmo após a interpretação patriarcal do mito, na
qual foi acrescentada a figura de Marduk, que teria matado Tiamat, o Dragão do
Caos e criado o mundo com seu corpo, foi mantido na Babilónia, durante muito
tempo, o calendário menstrual, celebrando os Abbats e nomeando os meses do ano
de acordo com as fases da Lua. O mistério de Tiamat e de Marduk era comemorado
anualmente na Babilónia durante o Ano Novo ou no festival de Akitu. Como em
incontáveis mitos, a origem de toda a vida teria vindo do mar primordial, quer
na terra, ou no céu, mas o que existe de comum em todas estas possíveis
procedências são as trevas primordiais. São delas que se origina a luz, sob a
forma de luz ou estrelas e do dia acompanhado pelo sol. É esse factor comum, a
escuridão da noite primordial como símbolo do inconsciente que explica a
identidade entre o céu nocturno, terra, mundo inferior e água primordial
anterior à luz. Com efeito, o inconsciente é a mãe de todas as coisas, e tudo o
que surgiu depois e permanece na luz da consciência está em uma relação filial
com a escuridão. Designamos como urobórica, essa situação psíquica primordial,
que abrange os opostos e, ma qual os elementos masculinos e femininos, os
inerentes à consciência e os hostis a ela, confundem-se uns com os outros. Na
Babilónia, a unidade masculino-feminina dos uroboros era constituída por Tiamat
e Apsu, que representavam o caos primordial da água. Mas é Tiamat, o verdadeiro
elemento de origem, a mãe de todos os deuses, e a possuidora das tábuas do
destino. A existência original de Tiamat também resulta do fato desta ter
sobrevivido à morte de Apsu e, quando finalmente derrotada pelo deus-sol patriarcal
Marduk, formam-se a partir de seu corpo a abóbada celeste superior e a abóbada
inferior das profundezas. Assim, mesmo depois de ter sido derrotada, ela
permanece como o Grande Círculo que tudo contém.
Formas
de Tiamat
Tiamat,
não é apenas o monstro terrível (dragão) do abismo, tal como a via o mundo
patriarcal daquele que a venceu, Marduk. Ela é não só geradora, como também a
mãe legítima de suas criaturas, que se enfureceu quando Apsu decidiu matar os
deuses que eram seus filhos. Somente depois destes terem assassinado Apsu, seu
marido, o pai primordial, é que ela dá inicia à sua vingança e propaga a sua
força destruidora. Tiamat representa o poder irracional dos primórdios e do
inconsciente criador. Mesmo na morte, ela continuou a representar o mundo
superior e o inferior. Marduk, ao contrário, é um legislador. A cada uma das
forças celestes ele atribuiu um lugar fixo e, como Deus bíblico do Génese,
organizou o mundo segundo leis racionais que correspondem à consciência e sua
natureza solar. O carácter da Grande Deusa ainda se manifesta na forma de um
Dragão em Tiamat, entretanto, é mais frequente este deusa primitiva surgir
despida e com características sexuais acentuadas quando a ênfase recai em sua
fecundidade e em seu carácter sexual. Tiamat não é uma Deusa cruel, mas seus
templos eram escondidos, devido a sua impopularidade, provavelmente por causa
dos sacrifícios humanos que faziam parte de seus rituais. Isto mudou, em
algumas cidades do Império, quando Tiamat passou a ser adorada abertamente e
onde, os rituais mais sangrentos eram executados raramente. Tiamat representa
todos os cinco elementos chineses: terra, água, fogo, ar e metal.
Meu mundo mudou...
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